quinta-feira, novembro 28, 2002

JABOR,COMO SEMPRE!!!

Uma das minhas leituras obrigatórias, o artigo do Jabor de 26 de novembro, mais uma vez arrasa. Todos devem ler!!!

Destaquei pela oportunidade trechos onde ele se remete aos recentes acontecimentos “familiares” ou assemelhados, sobre os quais, modestamente, também dou meus toques. Como acredito que não consigo chegar aos pontos e comparações que o Arnaldo Jabor aborda, lá vão os trechos:



Os canibais querem ser ricos e comer bem

Não agüentei e fui ver o filme “Dragão vermelho”, com o meu querido canibal Anthony Hopkins. O filme é ruim, claro, bem pior que o ótimo “Silêncio dos inocentes”. Mas o Hannibal Lecter é um ponto luminoso da moderna galeria de personagens; não só pela idéia de um canibal civilizado mas com o valor agregado pela personalidade de Hopkins, que conhece a milimétrica arte de parodiar a sofisticada frieza dos atores ingleses, da sinistra gentileza, do inquietante aristocratismo do mal. Fui ver o filme também porque sinto no ar uma moda de psicopatia na onda de criminosos que está rolando no Brasil. E não falo dos crimes sujos, “explicados” pela miséria e ignorância; falo dos crimes “limpos”, como os de Suzane e de Vilma ou dos rapazes que alegremente assassinaram o garçom ou dos outros que mataram o pataxó, ou dos cruéis Avelinos ou de tantos outros. O que nos fascina no Hannibal é o que nos exaspera em Suzane ou na Vilma do Pedrinho. Nos dois casos o crime é praticado sem resquícios de sentimento de culpa, planejado com carinho e não conseguimos entender como agiram sem sofrer. Suzane não está chorando pela mãe e pelo pai; está chorando por si mesma, chorando pela vida infernal que terá.

Vilma, pelo que mostra a polícia, organizou uma família como se fosse ao supermercado, pegando bebês na prateleira, para conquistar um marido. Todos não hesitam em matar ou roubar para viver bem, conquistar filhos, maridos ou heranças. Os canibais querem viver bem. No Brasil, os psicopatas estão na moda, está na moda a gélida contemplação da morte, ignorando-se totalmente a existência do “outro”.


Tem mais e está no artigo. Repito: tem que ler!!!
E olha que ele ainda não havia tido conhecimento do garotão Napolitano que eliminou a avó!!!

SOCORRO, HANNIBAL!!!

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