segunda-feira, dezembro 30, 2002

SOBRE O “REI” ROBERTO CARLOS

Embora da mesma geração do Roberto Carlos, nunca me passou pelos ouvidos o som e a música do RC; muito menos o seu modo de cantar. Reconheço que deve ser um defeito meu, dadas as proporções das tietagens e paparicações que são devotadas ao cara. Mas...não gosto mesmo do Roberto Carlos. Ultimamente então, ta dando no saco!!!
Pra não ficar pensando que eu sou voz ( e ouvido) única/o, apresento trechos, por mim escolhidos, de crônica do Joaquim F. Santos, do site No Mínimo, do Ibest.

O rei virou coroinha
Joaquim F. Santos
21.Dez.2002

De todas as manifestações brasileiras de se comemorar o fim de ano, a mais triste, de efeito mais deletério do que a gorduroba da rabanada com creme de leite entupindo as artérias, é o especial de Roberto Carlos na Globo. Deprime. É Natal, comemora-se o nascimento do Cristo, renovam-se as crenças de que agora a coisa vai, e no entanto lá vem Roberto Carlos para mostrar que não tem jeito – é daqui para baixo com a viga, moçada. No future. A cada ano ele aparece um pouco pior, ora desanimado porque a mulher morreu, ora desanimado porque descobriu que a Igreja não conta toda a verdade. É o mote do programa deste ano. Fé em Deus, pé no padre Zeca. Só mesmo Roberto Carlos para pegar o rap, a fórmula musical dos que gostam de usar palavras rápidas para dar uma metralhada nessa humanidade cachorra, só mesmo RC para fazer um rap a favor. Dizer que prestamos. Que não somos culpados "de tudo que há de errado sobre a face da Terra". Pelo que eu entendi, isso tudo é papo furado da Igreja, mora? Os jornais, com o medo natural de parecerem Roberto Carlos e não terem uma novidade para contar, acharam que o cantor estava otimista e polêmico na letra de Seres Humanos. Infelizmente era apenas RC conseguindo ficar ainda mais patético e fora da realidade. Papo de coroinha.

No momento em que todos se mobilizam para um projeto de país novo, Roberto Carlos, como se fosse um Edir Macedo católico, reza uma missa triste para anunciar, breve, na Urca, a construção de uma Igreja nova. Glória Maria, que no especial da Globo fez papel de santa, já se candidatou ao lugar de Nossa Senhora Aparecida. As chances de sucesso são poucas. Nas missas do padre Marcelo Rossi pelo menos dança-se o vira.


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O “REI” ESTÁ (CADA VEZ MAIS) UM SACO!!!

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