segunda-feira, outubro 28, 2002

LULA E O PT; O PARTIDO E O HOMEM

Não pretendo ser um analista de qualquer coisa. Não me considero gabaritado para julgar coisa alguma. Apenas quero ser, quero me dar ao “trabalho” de ser um Observador.
Nem tão atento como deveria ser o tempo todo, para isso não tenho nem paciência nem tempo ou “saco”, nem me colocando como um “patrulheiro ideológico”, o que tanto critico.
Ao longo da minha vida aprendi a ter a capacidade de mudar meus conceitos e, até mesmo, as minhas “verdades” sempre que estivesse convencido dessa necessidade. Já fui, por isso mesmo, muito criticado por amigos, parentes e conhecidos, que reclamam das minhas mudanças. Não me preocupo com isso; aprendi com meu professor de filosofia, que já se foi, que a chamada Volubilidade ao contrário de ser uma fraqueza é, verdadeiramente, uma força. Como ainda diria meu professor, todo ser convicto é, na realidade, um prisioneiro. Esse, o prisioneiro, não sou eu, não quero ser esse “cara”.

Mas, pergunto-me eu, pra que essa arengação toda, acima colocada?
Aí é que entram o Lula e o PT; o Partido e o Homem.

Nas minhas “arrogantes” incursões pelo/durante período eleitoral, sempre manifestei minha apreensão pelo resultado das eleições, pelas “abrangentes” associações feitas pelo PT e o Lula para chegar ao Poder. Estranhei, e continuo estranhando, como conseguirá o Presidente eleito conciliar as “cumplicidades” assumidas com figuras tão heterogêneas e distantes do PT?

No entanto, em grande parte envolvido pelo clima de intensa emoção que culminou com a eleição do Luis Inácio LULA da Silva, parei para pensar e “analisar” os resultados e cheguei a algumas “conclusões”:

1- Na verdade o PT não se saiu bem nas eleições para Governador. Nos diversos estados do Brasil teve apenas três eleitos, em unidades de pouco peso político;
2- Perdeu um espaço político consolidado, no Rio Grande do Sul, abalando a força do partido e mostrando suas fraquezas do ponto de vista administrativo;
3- Enquanto isso o LULA, transcendendo o PT, teve essa estrondosa votação, mostrando que hoje ele é a grande esperança brasileira, independente do próprio partido.

Ou seja, embora seja difícil dissociar o LULA do PT e vice-versa, a minha apreensão com o radicalismo do partido, expressa inúmeras vezes nas minhas observações, está rigorosamente abrandada pelo imenso compromisso que o Presidente eleito tem com a enorme massa de votantes que o levou ao cargo.

Já escrevi várias vezes que temos de apostar e torcer para que tudo dê certo; nesse momento, agora enquanto escrevo, cheio de emoção e esperança, tenho certeza de que dará certo. Parabéns meu Presidente!!!

LULA PRESIDENTE; PARABÉNS!!! SEJA FELIZ E NOS FAÇA FELIZES!!!

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