terça-feira, março 11, 2003

ARQUITETURA E OBSERVAÇÕES
Lendo hoje (07/03) o imperdível Catarro Verde, vi as observações do Serjones sobre a vocação, insuspeitada, descoberta para as “belas formas da cobertura desproporcional e inadequada à Praça do Patriarca- SP”, projetada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
Parece que os mendigos e desocupados ocuparam o espaço, mostrando que “ao interferir com arrogância no espaço a forma encontrou a sua função”, ainda segundo o Serjones.
Esse exagero arquitetônico, somado a outros já praticados pelos arquitetos, tem se repetido quando somos chamados a interferir/interagir em espaços públicos. Levados pela pretensão, vaidade, ou arrogância, talvez até pela falta de atenção, acabamos produzindo “coisas” que os leigos e circunstantes não conseguem entender.
Profissão de difícil digestão pelo grande público, muitas vezes ( infelizmente!) considerado como um profissional supérfluo, que costuma encarecer as obras (dizem outros), deveríamos voltar nossa atenção para sentir o que os demais dizem e pensam, deveriamos simplificar, “caindo na real”.
É duro constatar isso, mas as vezes nós, arquitetos, cavamos a nossa própria sepultura!
COMO NA VIDA, AS COISAS SIMPLES, ESSAS SIM, SÃO AS ESSENCIAIS!!!

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