segunda-feira, setembro 16, 2002

O FANFARRÃO GAUCHO E O CAVALO PAULISTA QUE O DERRUBOU

Era uma vez um fanfarrão gaucho. Havia sido um bom jogador e tinha tido sua época de brilho e prestígio. Acostumado a suas fanfarronices, sem necessários desdobramentos ou explicações, vivia se auto-vangloriando. Julgava-se um craque por ter jogado em grandes clubes, por ter feito uma ponta em novela imaginava-se artista, também se julgava lindo,etc, etc, por ai vai.

Um dia um Presidente de clube, como quase todos os Presidentes desprovido dos apetrechos mínimos para tal posição, despediu um técnico que conduzia seu time e convidou o fanfarrão para assumir o lugar daquele que fora defenestrado. O cara chegou deitando falação, relembrou o seu tempo de jogador para confirmar que poderia ser técnico de um grande clube, falou um monte de lero-lero sobre o comportamento dos jogadores do time que iria dirigir e, sem o menor constrangimento ou ética, afirmou que agora os jogadores passariam a conhecer o que deveriam fazer em campo, como se colocar e pra onde correr,etc., etc., coisas que o seu antecessor não havia tido a capacidade de passar ao grupo.

Começam os jogos do grupo sob o seu comando(?) e os insucessos vão se acumulando, culminando hoje, dia 15 de setembro, com uma modesta goleada de 6x0 que lhe foi imposta pelo time adversário. Modesta, sim!!! Na verdade, o placar correto desse treino da equipe paulista deveria ser de uns 10x0.

Totalmente desarrumados em campo, os jogadores do time do fanfarrão pareciam possuídos de irresistível crise de amnésia, pois pareciam ter esquecido os ensinamentos e orientações que o mestre(?) gaucho lhes havia passado. Enquanto isso o próprio, na lateral do campo, olhava aturdido o que se passava e não conseguia passar qualquer ajuda para os seus jogadores, que batiam cabeça com cabeça. E tome gol, um atrás do outro!!! Sem contar os perdidos, inclusive uma penalidade máxima!!!.

Na verdade torço por outro clube, mas gosto muito do clube goleado. É um clube que merece respeito, principalmente do fanfarrão. Ele até foi um bom jogador, mas para ser técnico de um grande clube não bastava isso. Tivesse ele um mínimo de compostura profissional, chegaria ao clube prometendo trabalho, procurando criar condições para aglutinar o grupo, sem desfazer do trabalho feito pelo outro técnico, enfim, deveria ser humilde e reconhecer a sua inexperiência. Mas....

Quando eu era garoto ouvi um ditado, que à época não entendi muito bem o que significava:
Fala pouco e bem e ter-te-ão por alguém.
Hoje entendo direitinho!!!

FALE MENOS, TENHA RESPEITO E TRABALHE MAIS, FANFARRÃO GAUCHO!!!





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